sábado, 2 de outubro de 2010

O 'o que' de 'quem'

     Oi. Tudo bem?
     Não, nada bem. Acabei de perceber que só vou aparecer por aqui quando eu não estiver no meu melhor estado de espírito. Agora, por exemplo, estou viajando em pensamentos estranhos, que me fazem sentir, no mínimo, com um vazio terrível.


    O assunto de hoje é relacionamento. Todos eles. Vivos, mortos, ou enterrados ainda vivos. E eu vou direto ao ponto. Você já reparou como todos eles são iguais? Não exatamente iguais, mas olhando de um ângulo mais distante, parece que eles seguem uma base, seguem regras, ou sei lá.
    Hoje, eu observo caras com quem eu tive breves relacionamentos no passado e que agora encontraram outra pessoa, e eu vejo (tomara que você não me ache pretensiosa demais) mas eu vejo que as juras de amor são as mesmas, as músicas, os versos, os motivos, os sorrisos, as fotos, os presentes, me arrisco a dizer até que o sentimento é igual. Aí, você vai me dizer que começo de namoro é sempre assim, mas eu te digo que não.
   Sabe o que eu acho?  Não me aparecem as palavras certas nesse momento pra explicar o que eu acho, eu disse no começo que eu estava viajando nos meus pensamentos, mas vou tentar dissertar da maneira mais sutil que eu encontrar. Acho que isso acontece porque não é amor. RÁ! Super tendência minha sutileza. Mas é sério. Eu não estou julgando os atuais relacionamentos dos meus ex companheiros, aconteceu o mesmo quando estavam comigo, e eu vi que não era amor. Eu não vivi o amor, e não me envergonho disso. E nem me arrependo de nada do que eu vivi. Ou talvez eu me arrependa de algumas coisinhas, mas sem muita importância.  
    Agora você pode me dizer que ninguém gosta de ficar sozinho. Quem não gosta de uma ligação no fim do dia? De um cinema no final de semana? De um almoço, uma tarde de amor, uma viagem a dois? Quem não gosta de fazer planos, escolher o nome dos 7 filhos? Quem não gosta de sonhar que vai ser pra sempre?
E eu serei obrigada a concordar. O pessimismo nunca ganhou batalha alguma, não foi?
    Tem uma hora na vida, que o ser humano precisa de alguém. Aí é que está, esse pensamento eu tenho faz um tempo e quem me conhece sabe. Existe uma diferença em ser quem uma pessoa necessita e ser o que ela necessita. Deu pra entender? "O que" é muito abrangente, é muito comum, muito vazio. Qualquer um pode ser. Qualquer um pode estender uma mão, abrir um sorriso e oferecer abrigo. Agora, quando o que ela te oferece, você percebe que não existe outra fonte no mundo pra te dar, é diferente. Tem que ser! Se não a gente tá vivendo pra quê?
    Eu acredito que isso seja só uma fase, que alguns nem vivem, e outros são fadados a vive-la eternamente. Mas que a maioria de nós passa por ela e usa como aprendizado, amadurecimento. Isso vai nos ajudar a perceber quando estivermos vivendo o amor. O verdadeiro. E se não viermos a ter essa sorte, vai fazer da nossa vida um doce e eterno começo de namoro.


 

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Como eu digo sempre, seus textos são perfeitos Senhorita Lugoboni.

    Acho que sempre escrevemos melhor quando estamos angustiados, bem no clichê "ostra feliz não gera pérola".

    E esta música que escolheu é deliciosa também. Uma mistura de "surf music" com "pop", sei lá...É muito envolvente, própria mesmo para viagens mentais..rs.

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